sábado, 9 de janeiro de 2010

Tempestade

Sentada aqui fora
Sinto pingos gelados e gostosos tocarem minhas pernas nuas
A brisa também gélida batendo em meus cabelos
Percebo tudo isso em meus arrepiados pêlos
O frio quase toma conta de meu corpo entorpecido pela emoção de isso poder presenciar
Esse momento tão bonito, vento e chuva a dominar
Dominar esse espaço, com suas nuvens, sublime abraço
Abraço sobre a humanidade e sobre tudo que existe
Olho para o céu, nuvens negras a acizentadas
Se revezando entre gotas leves e até mais pesadas
Golpeando generosamente meu corpo a hesitar, hesitar essas palavras, minha mão tremendo está
Agora já vou parando, a chuva está a aumentar
Em meu papel molhado, esse poema irá ficar.

Aline Valença.